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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

RECORDAR É VIVER DÉCADA DE 20


Caros amigos e colegas:

Hoje gostaria de lembrar um grande feito ocorrido aqui em Porto Alegre, em maio de 1928, no concorrido Café Nacional que ficava alí na Rua dos Andradas esquina com a Rua General Câmara, que foi a instalação de um rádio receptor. E a inauguração ocorreu com toda a pompa! Era um pioneirismo. A Rádio Gaúcha já estava no ar, só que irradiava algumas horas. Um pouco da nossa memória, só para os jovens terem uma idéia como ocorreu a implantação da radiodifusão aqui em Porto Alegre. Claro, não vou contar toda a história da Rádio Gaúcha, é só um pouco do começo desta bela memória para ilustrar a inauguração do rádio no Café Nacional. 

RÁDIO SOCIEDADE GAÚCHA

                Na década de 20, as emissoras de rádio não tinham caráter comercial. O que acontecia era a reunião de algumas pessoas, que se tornavam sócias da rádio e fundavam um rádio clube, sustentado pelos próprios sócios.
         A 7 de fevereiro de 1927 Carlos Ribeiro de Freitas convocou um grupo de entusiastas gaúchos da radiodifusão para uma reunião que foi realizada em 9 de fevereiro, em sua residência, na Rua da República, 46, para a constituição de uma estação e de uma escola de rádio. Nasceu aí a Rádio Sociedade Gaúcha, denominação sugerida por Ivo Barbedo. Sua primeira diretoria ficou constituída por Alcides Cunha, Carlos Ribeiro de Freitas, Levegildo Veloso, Gabriel Fagundes Portella, Olavo Ferrão Teixeira, José Baptista Pereira e o próprio Ivo Barbedo.
         A este grupo inicial juntaram-se, no conselho diretor, Fernando Martins, Alberto Souza Gomes, Pedro Cesar de Oliveira e Eloy Moraes.
         A 27 de agosto de 1927 nova assembléia aprovaria os estatutos sociais e uma comissão técnica da qual participaram, também, Edison Ganzo e Arthur Hentz.
         A 19 de novembro de 1927 inaugurava-se oficialmente a emissora que já funcionava em caráter experimental desde setembro. Localizava-se no sexto andar do edifício do Grande Hotel, na Praça da Alfândega.
         Um speaker da época, por ocasião do cinqüentenário da referida emissora (1977), contou sobre as instalações muito primárias. “O transmissor era de 50 watts e funcionava na mesma sala-estúdio, ao lado de uma mesa para locuções e de outra em que se encontrava uma vitrola manual, dessas de manivela para dar corda e uma corneta como alto-falante. Quando não se apresentavam artistas ao vivo, convidados, cabia ao locutor, após anunciar algum disco, ficar segurando o microfone junto ao alto-falante da vitrola.”
         Era assim, no início, a PRA-Q, “A Voz dos Pampas”.
         Radialistas gaúchos pioneiros: Paulo Franco dos Reis (diretor artístico); Luiz Corcione (diretor administrativo); Nero Leal, Antônio Spetzold, Alfredo Pirajá Weiss, Amaro Júnior, Renaux Young (locutores). Na audição inaugural, prestigiada por Otávio Rocha, Intendente de Porto Alegre, e por Gil de Almeida, Comandante da Região Militar, a principal atração foi a orquestra de câmara de Sotéro Cósme, da qual participava como segundo violino, Radamés Gnatalli.
         Em 1929 Gustavo Welp Filho assumiu a Direção Técnica da Rádio Sociedade Gaúcha e, através de um depoimento, contou-nos que a Rádio Gaúcha, nesta época, já havia transferido seu estúdio-transmissor dos altos do Grande Hotel para o sobrado ao lado da Farmácia Carvalho e, que ali, sob a orientação de Gabriel Fagundes Portella, instalaram um novo transmissor de 250 watts. E fizeram mais. Um aprimoramento técnico indispensável, o primeiro toca-discos acoplado diretamente ao transmissor, com o que se inaugurou a primeira mesa de som do Rio Grande do Sul.
        

Por hoje fico por aqui.
Um grande abraço.
Ivan Dorneles Rodrigues - PY3IDR
e-mail: ivanr@cpovo.net

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DR. JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA, FOI RADIOAMADOR DE PREFIXO - PY 1 J. K. O. 12.09.1902 + 22.08.1976


A 21 de abril de 1960, transferia-se para Brasília a Capital da República. Depois de passar o governo ao seu sucessor, Jânio Quadros, elegeu-se senador por Goiás. Em 1964, indicado pela convenção nacional do PSD, para disputar novamente a Presidência, preparava-se para iniciar sua campanha quando eclodiu a Revolução de 31 de Março. Mediante ato de caráter estritamente político, o governo revolucionário cassou o mandato de Kubitschek e suspendeu seus direitos políticos por dez anos. Remy Flores Toscano - PT2VE, amigo e médico particular do Presidente da República, Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira, aproveitando as condições de telegrafista do Presidente, incentivou-o a ingressar no radioamadorismo. Juscelino recebeu o Indicativo de Chamada PY1JKO. Em 21 de abril de 1960, na sede da LABRE, a convite de Remy Flores Toscano - PT2VE, com a presença de Atilano de Oms Sobrinho - PY5EG, Percy Pimentel - PY5DB e outros radioamadores, o Presidente da República, Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira - PY1JKO, iniciou o Conteste “Brasília Ano 1”. Em 27 de novembro de 1960, em reunião na residência do Presidente da República, Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira, foi eleita a primeira Diretoria da LABRE BRASÍLIA, sendo eleito presidente Remy Flores Toscano - PT2VE. Faleceu num acidente automobilístico, na Via Dutra, na cidade de Resende-RJ, em 22 de agosto de 1976.

PT2VE , EX- PY3AKG REMY FLORES TOSCANO




  19.10.1914 – 09.05.2003

Gaúcho, natural de Porto Alegre, nascido em 19 de outubro de 1914, filho de Arthur de Moura Toscano e de Maria Antonieta Flores Toscano. 
  
Na época de estudante secundarista e universitário, foi goleiro do Sport Club Internacional, de Porto Alegre, onde mais tarde viria a atuar como médico, cônsul e conselheiro. Também foi remador do Clube Almirante Tamandaré.
  
Formado em 1937 pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre, especializou-se em ginecologia, obstetrícia e clínica geral.
  
Como médico, iniciou carreira em Porto Alegre. Atuou depois em Camaquã, São Luiz Gonzaga, Passo Fundo e Cacequi, onde, a partir de 1943, foi um dos idealizadores da emancipação, vereador, presidente da Câmara e construtor do Hospital São Luiz Gonzaga. 
  
Em 1954, voltou para a Capital gaúcha e exerceu a chefia do Serviço Médico do Estado pela Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados do Serviço Público. Em 1958, foi convidado a assumir a Organização do Serviço Médico da instituição, em Brasília.
  
Foi o pioneiro radioamador a operar de Brasília, pois em 1958, o médico  REMY FLORES TOSCANO - PY3AKG, instalou sua estação de radioamador, um Delta 310/209 e uma antena dipolo. 

Foi nomeado, em 1959, pelo então Presidente da LABRE, Cícero Barreto - PY1CQ, Delegado da LABRE, com a incumbência de organizar a entidade na nova Capital.
Remy era médico particular e amigo do Presidente da República, Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira e, aproveitando as condições de telegrafista do Presidente, incentivou-o a tornar-se radioamador. Juscelino recebeu o Indicativo de Chamada PY1JKO.

Em 21 de abril de 1960, na sede da LABRE, a convite de Remy Flores Toscano  - PT2VE, com a presença de Atilano de Oms Sobrinho - PY5EG, Percy Pimentel - PY5DB e outros radioamadores, o Presidente da República, Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira - PY1JKO, iniciou o Conteste “BRASÍLIA ANO 1”.

Em 27 de novembro de 1960, em reunião na residência do Presidente da República, Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira, seu amigo pessoal, foi eleita a primeira diretoria da LABRE BRASÍLIA, sendo eleito presidente o Remy.

Na residência do Remy, no Acampamento da CAPFESP, onde hoje está a SQS 104, foi instalada a primeira sede da LABRE/BRASÍLIA.

Hoje a sede da LABRE/DF fica às margens do Lago Paranoá, zona nobre de Brasília, graças a atuações decisivas do ex-Governador do Distrito Federal, Cel.Hélio Prates da Silveira, gaúcho de São Gabriel; do Remy Flores Toscano - PT2VE; do General Léo Guedes Etchegoyen - PY3EB, ex PT2FFU; do Luiz Alfredo da Silva - PY2GIP; do Gonçalo Rafael d’Ângelo - PY2GBZ e do José George da Rocha - PY2GN.

Em 22 de setembro de 1988, na cidade de Natal-RN, em reunião do Conselho Federal da LABRE, recebeu a condecoração de 1º Grau, Medalha de Ouro, “por inestimáveis serviços prestados ao Radioamadorismo, à Ciência e à Humanidade”.
  
A sala da diretoria da LABRE - LIGA BRASILEIRA DE RADIOAMADORES tem o nome de  “Sala Presidente Remy Flores Toscano”, em homenagem  ao Remy pelo exemplo, entusiasmo e dedicação ao radioamadorismo brasileiro, em cerimônia onde foi descerrada a placa inaugural, dia 25 de março de 2000. 
  
Remy Flores Toscano faleceu na madrugada do dia 9 de maio de 2003, aos 88 anos de idade, em Brasília, Distrito Federal, onde residia. Era casado com a também radioamadora Irma Perez Toscano - PT2VV e pai de Vera Maria e dos radioamadores Luiz Itibere Perez Toscano - PT2IT, Paulo Ramiro Perez Toscano - PT2PT e Remi Antônio Perez Toscano - PT2TR.
   
  ....  .
...
Colaboração: IVAN DORNELES RODRIGUES - PY3IDR 
email:  ivanr@cpovo.net 
..

sexta-feira, 16 de novembro de 2012


PRA QUEM GOSTA DE RADIO ESCUTA .
A Tecsun esta produzindo o seu novo modelo, o Tecsun PL-210.
O Tecsun PL-210, é na verdade uma evolução do modelo PL-200, um RX que  se destacou tanto pela qualidade física e estética como também pela qualidade de recepção.  Na verdade o PL-200 foi um dos menores rádios de Ondas Curtas de qualidade já produzido no mundo, feito inicialmente para ser um rádio de viagem, acabou conquistando a todos, inclusive os radioescutas e dxistas mais exigentes, pois possibilitava aos mesmos ser um daqueles companheiros inseparáveis dado o seu pequeno tamanho e confiabilidade.
Na ocasião do PL-200,  a Tecsun só produzia equipamentos de simples conversão,  mais como os equipamentos da Tecsun sempre primaram pela qualidade impecável aliada a robustez,  isto fez a Tecsun ser uma das marcas mais vendidas e preferidas do mundo do rádio de Ondas Curtas.
Porém em meados de 2007, a Tecsun começou a produzir rádios mais sofisticados e de dupla conversão, substituindo alguns dos famosos modelos na época tal como o PL-550 pelo atual PL-600 e o PL-350 pelo atual PL-450, outros famosos como o PL-230 e o PL-200 infelizmente foram tirados de linha sem substitutos…
Agora eis que o PL-200 ressurgi novamente, dessa vez como Tecsun PL-210.
Na parte estética, layout, dimensões e peso nada muda, mais agora como PL-210 ele tem algumas modernizações interessantes:
  • Circuito super heteródino de dupla conversão
  • Porta mini USB para caregar as baterias
  • Até 1700 memórias sendo 1200 separadas em até 12 páginas
  • 500 memórias automáticas para ATS
  • Sistema de sintonia inteligente
  • Qualidade sonora superior
  • FM extendido 76  a 108MHz
  • AM extendido de 520 a 1710kHz ( inclui toda a X-band )
  • OC Banda corrida de 1.7 a 30MHz ( todas as bandas possíveis de OC )
  • OL Banda completa de 150 a 520kHz
  • Capa para transporte em neoprene com ziper
  • Fone de ouvido de excelente qualidade
Eu testei o novo Tecsun PL-210 e aprovei o mesmo, notas a destacar:
Nota: Usei para referência e comparação os RX: DE1103, PL-600 e ICF-SW7600GR
  • Extrema sensibilidade  em todas as bandas
  • Excelente seletividade ( filtro fixo, porém no ajuste ideal )
  • Boa rejeição de imagens
  • Áudio forte, agradável e super intelegível ( comparado a rádios médios )
  • Quando na antena externa não houve sobrecargas ( LW 15 metros )
  • Excelente em OM e OL mesmo quando acoplado a uma antena RGP3 e TG34
  • Teclado super sensível ao toque de excelente qualidade ( sem falhas )
  • Ótima luminosidade do visor de LCD, bem como seus detalhes
Minhas considerações finais sobre este modelo:
Para quem deseja ter um receptor de bolso sem abrir mão da qualidade, esse receptor com certeza é o Tecsun PL-210. Com ele pode-se fazer praticamente de tudo, desde escutas normais até o almejado DX. O PL-210 atende tanto ao iniciante como o mais experiente dos radioescutas, fornecendo em qualquer lugar, horas de lazer e alegria com uma qualidade excepcional. Para os que só possuem RX de porte médio, o PL-210 pode ser uma ótima opção de portabilidade casual. Já para os que ainda não possuem um RX e estão desejando comprar, o PL-210 pode ser aquele rádio inicialmente de uso geral, feito para tudo, tanto para escutas de precisão no shack ( na estação ) como seu portátil de bolso. Ideal para os amantes adeptos do DX Ultra Light, grandes escutas DX realizadas com apenas pequenos aparelhos, neste caso sem dúvida nenhuma, o PL-210 é um dos melhores nessa categoria.
Vale lembrar e destacar que o Tecsun PL-210 apesar de moderno, é um RX com circuito tradicional, já que a Tecsun também produz atualmente rádios com tecnologia DSP onde o circuito é menor e a responsabilidade da recepção fica a cargo dos chips da Silicon Labs que sintetizou a tecnologia SDR, que para alguns não substitui a altura os antigos circuitos analógicos com PLL. De qualquer forma o PL-210 é um rádio convencional super miniaturizado para poder caber no seu bolso sem perder qualidade.
Caso tenham interesse em adquirir o Tecsun PL-210 visitem:
Um forte 73 a todos e boas escutas !
FONTE .PU2LZB  -  Renato Uliana
www.amantesdoradio.com

Radioamadores famosos

  1. JUSCELINO KUBITSCHEK (SK) - PY1JKO - EX-PRESIDENTE DO BRASIL
  2. BILL CLINTON  W4BVX  EX-PRESIDENTE NORTE-AMERICANO
  3. JIMMY CARTER  KB5DQM  EX-PRESIDENTE NORTE-AMERICANO
  4. JUAN CARLOS I DE BORBÓN - EA0JC - REI DA ESPANHA
  5. ANTON DE ABSBURGO  ARQUIDUQUE DA ÁUSTRIA (SK)  OE5AH
  6. REI HUSSEIN DA JORDÂNIA (SK)  JY1
  7. AINHA NOOR HUSSEIN DA JORDÂNIA  JY1NH
  8. PRÍNCIPE HASSAN DA JORDÂNIA  JY2HT
  9. PRÍNCIPE RAAD DA JORDÂNIA - JY2RZ
  10. REI HASSAN II DO MARROCOS - CN8MH
  11. PRÍNCIPE TALAL DA ARÁBIA SAUDITA - SU1VN
  12. REI BHUMIPHOL ADULAYADEJ DA TAILÂNDIA  HS1A
  13. SÃO MAXIMILIAN KOLBE (SK)  SP3RN - PADRE CANONIZADO COMO SANTO EM 1982
  14. QABOOS BIN SAID AL-SAID  A41AA - SULTÃO DE OMAN
  15. TALAL BIN ABDULAZIZ - HZ1TA  PRÍNCIPE DA ARÁBIA SAUDITA
  16. PRINCIPE WALEED BIN TALAL BIN ABDEL AZIZ DA ARABIA SAUDITA - HZ1TC
  17. PRINCIPE TITIPHAN DA TAILANDIA - HS1LY
  18. PRINCIPE YOUSUF AL-SABAH DO KUWAIT - 9K2CS
  19. PRÍNCIPE ALBERT GRIMALDI DE MÔNACO - 3A0AG
  20. PALDEN THONDUP NAMGYAL (SK), REI DE SIKKIN  AC3PT
  21. PRÍNCIPE MAHMUD REZA PAHLAVI (SK)  FILHO DO SHAH DO IRà EP1MP
  22. REI FAISAL GHAZL (SK)  REI DO IRAQUE  Y15KG
  23. KEIZO OBUCHI  EX-PRIMEIRO MINISTRO DO JAPÃO - JI1KIT
  24. FRANCESCO COSSIGA  I0FCG  EX-PRIMEIRO MINISTRO DA ITÁLIA
  25. RAJIV GANDHI  VU2RG - EX-PRIMEIRO MINISTRO DA ÍNDIA
  26. SONIA GANDHI  ESPOSA DE RAJIV GANDHI  VU2SON
  27. GENERAL ANASTÁSIO SOMOZA (SK)  YN1AS  EX-PRESIDENTE DA NICARÁGUA
  28. GENERAL AUGUSTO PINOCHET (SK)  CHILE - CE3GP
  29. EMIL LAHOUD  EX-PRESIDENTE DO LÍBANO - OD5LE
  30. GEORGE PATAKI  EX-GOVERNADOR DE NEW YORK - K2ZCZ
  31. CARLOS SAUL MENEM - LU1SM - EX-PRESIDENTE DA ARGENTINA
  32. RACHEL DE QUEIRÓZ (SK)  PT7ARQ  ESCRITORA BRASILEIRA
  33. DR. JOSEPH H. TAYLOR JR.  K1JT  PREMIO NOBEL DE FÍSICA EM 1993
  34. DR. RUSSELL HULSE  WB2LAV - PREMIO NOBEL DE FÍSICA EM 1993
  35. RODOLPHO VALENTINO (SK)  KN6NT  ATOR
  36. ELIZABETH TAYLOR  W7WYV  ATRIZ
  37. ROY ROGERS - KB1EQ  ATOR
  38. MARLON BRANDO (SK) ATOR- FO5GJ
  39. ARTHUR A. COLLINS (SK) - W0CXX
  40. AMYR KHAN KLINK  EXPLORADOR  PY2KAQ
  41. RADIVOJE LAZAREVIC  EX-EMBAIXADOR DA YUGUSLÁVIA NO BRASIL - PT2ZAA / YU1RL
  42. ALLAN FAIRHALL  ESTADISTA AUSTRALIANO  VK2KB
  43. MICKEY SCHULHOF  SONY USA  K1OKI
  44. WALTER CRONKITE - JORNALISTA  KB2GSD
  45. JOHN SCULLEY CEO DA APPLE K2HEP
  46. JOE WALSH  O MAIS RÁPIDO ATIRADOR DO MUNDO - KB2LHI
  47. LARRY FERRARI  MÚSICO E APRESENTADOR DE TV - WA2MKI
  48. JEAN SHEPARD JR  APRESENTADOR DE TV - K2ORS
  49. JOEL MILLER  PROCURADOR PÚBLICO - W2TQ
  50. CHET ATKINS  CANTOR E COMPOSITOR - W4CGP
  51. RONNIE MILSAP  CANTOR E COMPOSITOR - WB4KCG
  52. DAVID FRENCH  JORNALISTA DA TV - N4KET
  53. ARTHUR GOD FREY  APRESENTADOR DE TV -K4LIB
  54. GORDON BARNES  METEOROLOGISTA - KC4OCA
  55. RALPH HALLER  DIRETOR DO FCC - N4RH
  56. LARNELLE HARRIS  CANTOR COUNTRY  WD4LZC
  57. WORTH GRUELLE  ESCRITOR  W4ZG
  58. PAUL W. TIBBETS  HERÓI DE GUERRA - K4ZVZ
  59. JOE WALSH  CANTOR E COMPOSITOR - WB6ACU
  60. ROY NEAL  APRESENTADOR DE TV - K6DUE
  61. ERNEST P. LEHMAN  ATOR E DIRETOR - K6DXK
  62. GENERAL CURTIS LEMAY  HERÓI DE GUERRA - W6EZV
  63. STU COOKS  JOGADOR DE BASEBAL - N6FUP
  64. LAURA COOKS  ESPOSA DE STU COOKS - N6GGM
  65. STEWART GRANGER  ATOR - N6KGB
  66. JEANA YEAGER  PILOTO E AVENTUREIRA - KB6LQR
  67. DICK RUTAN  PILOTO E AVENTUREIRO - KB6LQS
  68. BARRY FRIEDMAN  CAMPEÃO DE ILUSIONISMO - AI6M
  69. ART BELL  RADIALISTA - W6OBB
  70. PAUL COHEN  MATEMÁTICO - KB6OLJ
  71. ROGER MAHONY  CARDEAL - W6QYI
  72. HERBERT HOOVER JR  FILHO DO EX-PRESIDENTE DOS EUA - W6ZH
  73. NOLAN BUSHNELL  PIONEIRO DA IND. INFORMÁTICA E FUNDADOR DA ATARI - W7DUK
  74. BARRY GAOLDWATER  SENADOR DOS EUA - K7UGA
  75. MARSHALL MORAN  MISSIONÁRIO - 9N1MM
  76. HARRY ANGEL (SK)  RADIOAMADOR MAIS VELHO DO MUNDO, COM 106 ANOS - VK4HA
  77. GUILHERMO CAMARENA  INVENTOR DO CINESCÓPIO A CORES - XE1GC
  78. JORGE VARGAS  CANTOR - XE1MMM
    79. BILL PUTMAM-ENGENHEIRO DE AUDIO -PROPRIETÁRIO DA UNIVERSAL AUDIO-WA6PUK


ASTRONAUTAS E COSMONAUTAS

  1. UA1LO - Iuri Alieksieievitch Gagarin (SK) – primeiro cosmonauta soviético
  2. 7L2NJY MAMORU MOHRI
  3. DD6CF REINHARD FURRER (SK) Payload Specialist
  4. DF4TR THOMAS REITER
  5. DG1KIH HANS SCHLEGEL PS
  6. DI31KIM ULRICH WALTER PS
  7. DG1MIR HELEN SHARMAN
  8. DG2KM ERNST MESSERRSCHMID PS
  9. DL3LUM JOERG HAHN
  10. DP0MIR KLAU-DIETRICH FLADE
  11. F5MIR MICHAEL TOGNINI (KD5EJZ)) Mission Specialist
  12. ON1AFD DIRK FRIMOUT PS
  13. ON1DWN FRANK DE WINNE
  14. PE1LFO WUBBO OCKELS PS
  15. RK3FU SERGEI TRESCHEV
  16. RK3FZ VALERY KORZUN, COMMANDER
  17. RV3DR SERGEI SAMBUROV - CHIEF COSMONAUT AMATEUR RADIO DEPT
  18. RV3FB NIKOLAI BUDARIN, FLIGHT ENGINEER
  19. RW3FU YURI USACHEV COMMANDER
  20. RZ3FK VALERY KORZUN CREW COMMANDER
  21. RZ3FU SERGEI TRESCHEV FLIGHT ENGINEER
  22. U1MIR VLADIMIR TITOV
  23. KD5AOS VLADIMIR TITOV
  24. U5MIR SERGEI KRIKALEV – COS
  25. U2MIR MUSA MANAROV (RV3AM)
  26. U3MIR VALERY POLYAKOV
  27. UV3AM MUSA MANAROV
  28. U4MIR ALEKSANDR VOLKOV
  29. U6MIR ANATOLY SOLOVOV
  30. U7MIR ALEXANDER BALANDIN
  31. U8MIR ALEXANDER KALERI
  32. U9MIR ALEXANDER VIKTORENKO
  33. RV3DW SERGEI AVDEYEV
  34. N3TQA SAM DURRANCE, OS
  35. KE41QB CHARLES BOLDEN CDR
  36. N4BQW CHARLES E. BRADLY, JR MS
  37. W4NYZ JOHN DAVID F. BARTOE OS
  38. WA4SIR RON PARISE OS
  39. KB5AWP KEN CAMERON CDR
  40. KC5ACR BILL MC ARTHUR MS
  41. KC5AXA MARTIN FETTMAN OS
  42. KC5BTK JANICE (VOSS) FORD MS
  43. KC5ETH RONALD SEGA, PHD MS
  44. KC5HBR JERRY LINENGER MS
  45. KC5KII WENDY LAWRENCE MS
  46. KC5RNI JAMES HALSELL MS
  47. KC5RNJ CHRIS HADFIELD MS
  48. KC5RSY SCOTT PARAZYNSKI MS
  49. W5LFL OWEN GARRIOT MS
  50. N5RAW STEVE NAGEL DR
  51. N5RAX LINDA (GODWIN) NAGEL MS
  52. N5SCW JERRY ROSS MS
  53. KB5SIX ELLEN BAKER, DR. MS
  54. KB5SIW RICHARD RICHARDS DR
  55. KC5TIE CARL WALZ MS
  56. KC5TZQ JOHN BLAHA DR
  57. KB5TZZ ELLEN OCHOA, PH. D. MS
  58. KB5UAC COLIN "MIKE" FOALE, PHD. MS
  59. KB5UAH KEN COCKERELL DR
  60. KC5FVF DONALD THOMAS MS
  61. KC5VPF DAVID WOLF
  62. KC5ZSU LAURA CLARK, DR.
  63. KC5ZTD PEGGY WHITSON
  64. KD5JBP KEN BOWERSOX COMMANDER
  65. KD5MDT DON THOMAS SCIENCE OFFICER
  66. KD5OPQ FRANK CULBERTSON COMMANDER
  67. N5WQC DAVID LEESTMA MS
  68. N5WQW BRIAN DUFFY DR
  69. KB5YSQ CHARLES PRECOURT DR
  70. KB5YSR STEVE OSWALD CDR
  71. KC5MGA WILLIAM GREGORY PS
  72. KC5MGF TAMARA JERNIGAN MS
  73. KC7NHZ SUSAN HELMS
  74. KD5CHF ANDREW THOMAS
  75. N5YYV KATHRYN D. SULLIVAN MS
  76. W0ORE TONY ENGLAND MS
  77. KC5ZTA KOICHI WAKATA – Astronauta Japonês
  78. N5QWL JAY APT MS, hoje diretor do Carnegie Museum de Historia Natural
  79. KG6FZX DENNIS TITO, primeiro “passageiro” civil a viajar no espaço a bordo ISS
  80. PY0AEB – Marcos Cesar Pontes – primeiro “passageiro” brasileiro a viajar no espaço



wpe5.jpg (10020 bytes)
Foto do Rei Hussein, Rei da Jordânia (JY1). Grande DXista na faixa dos 40 metros,
Rei Hussein costumava realizar grandes DX's nos desertos. Foto cedida pela IARU

wpe6.jpg (10764 bytes)
Foto do Rei Juan Carlos I de Borbón, Rei da Espanha (EA0JC). Considerado um
excelente DXista, o Rei Juan Carlos é um grande colecionador de diplomas de DX e
construtor de antenas para as faixas de HF. Foto cedida pela IARU

wpe7.jpg (19321 bytes)
Foto de Marcos Pontes (PY0AEB), primeiro “passageiro” (ou caroneiro) da história
espacial, apenas teve essa oportunidade devido a uma vaga comprada (por 20 milhões
de dólares !) com dinheiro público numa viagem espacial da nave russa Soyuz TMA-8
até a Estação Espacial Internacional (ISS), realizada unicamente com fins eleitoreiros às

FONTE DE PESQUISA .PY2GEA - Grêmio Encontro de Amigos



quinta-feira, 15 de novembro de 2012


As grandes aventuras dos nossos radioamadores

MATÉRIA PUBLICADA NO BLOG EMPÓRIO DE NOTÍCIAS.

Ondas amigas
Pelas ondas invisíveis do radioamadorismo, existe um universo paralelo. Através dos prefixos, freqüências e linguagens singulares, pessoas das mais diversas partes do mundo, criam um elo que vai além das fronteiras territoriais. Nesse mundo de válvulas, antenas e transistores, homens como o senhor Hilton Matragano faziam amizades para a vida toda, unidos por esta paixão em comum. Nessa matéria especial do Empório de Notícias, você conhecerá um pouco da história do radioamadorismo em Santa Rita, através do olhar de Maria Luiza Matragrano.
Encontro de Radioamadores em Santa Rita do Sapucaí.
Os pioneiros em Santa Rita do Sapucaí

Maria Luiza é a “Cristal” - nome dado às esposas dos radioamadores - de Hilton Matragrano, o segundo radioamador da cidade. O primeiro havia sido Reginaldo Briguenti, filho do Senhor Marino Briguenti que também acabou enveredando pelas mesmas ondas, conquistando o terceiro prefixo.Wagner Matragrano,  filho de Hilton e Maria Luiza, também tornou-se radioamador quando realizou os exames para a licenciatura, em homenagem ao pai.
Encontro local de Radioamadores.
O mundo mais perto

Segundo nos contou Maria Luiza, a cada confirmação de comunicação, Hilton recebia cartões dos novos amigos, que eram guardados como verdadeiras relíquias - provas incontestáveis dos difíceis contatos que fazia. Com o tempo, Hilton acabou conseguindo se comunicar com dezenas de países, dentre eles: a Rússia, o Paquistão, a Bósnia, a Noruega e até com uma estação do Programa Antártico Brasileiro. Um fato interessante é que, durante umas das comunicações internacionais, Hilton acabou conhecendo um dos integrantes do grupo musical que acampanhava Carmem Miranda na Califórnia.
A Estação de Hilton Matragrano, em Santa Rita do Sapucaí.
O auxílio pelas ondas do rádio

Além do prazer em conhecer novas pessoas e culturas, os auxílios prestados através das ondas do radioamadorismo eram inúmeros. Dentre eles, em uma tragédia ocorrida em Caraguatatuba, em que a energia foi danificada. Hilton serviu como intermediário das vítimas, através das comunicações que recebia e com uma atenção toda especial, uma vez que seus pais também encontravam-se na cidade.

Santa Rita - Antártica

Outro fato interessante foi quando o Alberto Poppinger faleceu em uma base da Estação Antártica Brasileira e seus familiares, em Santa Rita do Sapucaí, receberam a notícia através de uma comunicação de rádio.
Os Jesuítas e o radioamadorismo

Já os padres Jesuítas, Alonso e Cabalero, usavam o radioamador do senhor Hilton para se comunicarem com os familiares em Pontevedra, na Espanha. Os padres que aqui vieram para integrar o grupo de pioneiros que tornaram possível o Vale da Eletrônica, também se beneficiavam com a nova tecnologia.
Hilton Matragrano em sua Estação.
Um caso fantástico com Maria Bonita

A nossa querida Maria Bonita tomou parte em uma história muito comovente envolvendo o radioamadorismo. Depois de haver sonhado com a morte do filho em São Paulo, a ilustre senhora procurou Hilton, que acabou pedindo ajuda aos amigos radioamadores de São Paulo, encontrando, realmente, o seu filho no IML e trazendo-o para Santa Rita do Sapucaí.

ONDAS ESTACIONÁRIAS
Pesquisa e adaptação de PU1-KLE / PX1-W-8232 - Charles.
Na verdade a maioria dos radioamadores e dos PX conhecem um pouco, ou já
ouviram falar, das ondas estacionárias, mas se aprofundar no assunto é de
grande importância para todos que operam estações de radio.
Estas ondas, que aparecem nas linhas de transmissão, devem ser mantidas num
nível baixo para que o rendimento das emissões e dos próprios equipamentos
não sejam comprometidos. Mas, o que são realmente estas ondas, como se
formam, e como pode a sua ação ser reduzida, e, finalmente, como podem ser
medidas? Isto é algo que não são muitos os que conhecem a ponto de poder
tomar decisões em sua função. Tudo isso é o que veremos agora.
Para que um transmissor funcione corretamente, toda energia de alta frequência
gerada nos circuitos eletrônicos deve ser levada à antena e irradiada. Para esta
finalidade existe um elemento físico, um cabo, denominado "linha de
transmissão", que faz a conexão dos dois: transmissor à antena.
Essa linha não apresentaria interesse maior para os operadores ou projetistas
das estações de rádio se não fosse alvo da ocorrência de um fenômeno
importante, capaz de reduzir consideravelmente a eficiência do sistema.
Se ocorrerem problemas de adaptação entre a linha e o transmissor ou entre a
linha e a antena, ocorrem sérios problemas na transferência da
energia. Reflexões podem então reduzir a energia irradiada e não é só isso: essa
energia não transmitida volta para os circuitos do transmissor podendo
sobrecarregá-los a ponto de causar a queima de componentes importantes.
Os sinais que refletem na linha de transmissão dão origem às chamadas "ondas
estacionárias", ou do inglês "standing waves". Estas ondas que também se
manifestam em sistemas mecânicos como, por exemplo, uma onda que se
propaga através de uma corda vibrante, é o assunto que passamos a abordar em
maior profundidade.


TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA
Para que ocorra a máxima transferência de energia de um sistema para outro
como, por exemplo, de um transmissor para uma antena, é preciso que suas
impedâncias sejam iguais.
Se a ligação de um sistema A a um sistema B for direta o modo como esta
ligação é feita não importa, pois os fios não influem na transferência da energia.
Entretanto, se o sistema A (um transmissor por exemplo) estiver longe do
sistema B (uma antena, por exemplo) é preciso que o cabo que os une, ou seja,
a linha de transmissão, tenha características apropriadas, para que não ocorram
modificações no processo.
A linha de transmissão deve ter a mesma impedância dos outros elementos do
sistema, ou seja, o transmissor e a antena.
Para fios comuns, a impedância apresentada depende do comprimento
considerado, o que não os torna muito próprios para serem usados na ligação de
transmissores a uma antena. Isso ocorre porque, em altas frequências, entram
em ação a indutância dos fios e a capacitância entre eles, a qual depende
justamente do comprimento.
Para a condução de tais sinais existe; entretanto, uma solução, que consiste no
uso de fios especiais, ou seja, cabos, em que a construção física é tal que a
impedância, para uma ampla faixa de frequências, se mantém constante
independentemente do comprimento do fio e da própria frequência do sinal que
deve ser conduzido.
Assim, quando dizemos que um cabo coaxial tem uma impedância de 75 ohms
ou 50 ohms, não importa se o comprimento considerado seja de 20 centímetros
ou 20 metros.
Com a utilização de um transmissor cuja saída seja de 50 ohms de impedância,
de um cabo de 50 ohms de impedância (qualquer comprimento) e uma antena de
50 ohms, teríamos certamente o máximo rendimento para uma estação.
Na prática, entretanto, se podemos manter a impedância do transmissor no valor
certo, do cabo no valor certo, a impedância da antena nem sempre se ajusta
perfeitamente a isso, e aí começam a aparecer os problemas.


IMPEDÂNCIA DE ANTENA
Para entender melhor o fenômeno vamos imaginar um sistema em que tenhamos
um transmissor, um cabo coaxial, mas em lugar da antena seja colocada uma
lâmpada.
Vamos supor inicialmente que a lâmpada tenha uma resistência constante de
filamento, igual a 50 ohms, e que corresponda à impedância da linha de
transmissão e da própria saída do transmissor.
Ligando o transmissor, toda a energia será transferida para a lâmpada que a
absorverá e a converterá em luz e calor. A lâmpada acenderá então com seu
brilho normal.
Se em seu lugar for ligada uma antena de 50 ohms a transferência de energia
para o espaço na forma de ondas eletromagnéticas será total.
O que aconteceria se em lugar de uma lâmpada de 50 ohms fosse ligada uma de
150 ohms?
O resultado seria um "descasamento de impedâncias". A lâmpada não
conseguiria absorver toda a energia do transmissor vinda pelo cabo, e não tendo
o que fazer com o excedente dessa energia, ela a refletiria de volta ao
transmissor. A absorção seria de 75% e a parte refletida de 25%.
É claro que esta energia refletida terá de ir para algum lugar pois não pode ficar
"acumulada" no fio, e este algum lugar são os componentes de saída do circuito
do transmissor. Estes componentes têm de dissipar esta energia refletida,
transformando-a em calor, já que ela não pode ser irradiada, e o resultado será
um aquecimento adicional que pode causar problemas de funcionamento.
Nem sempre o projeto do transmissor prevê um aquecimento muito maior do que
o obtido em funcionamento normal e isso pode causar a queima de
componentes. Para um transmissor transistorizado pode ocorrer a queima dos
transistores de saída e para os transistores valvulados teremos um
"avermelhamento" das placas das válvulas com uma sobrecarga e redução da
vida útil.
Por que a onda refletida faz tudo isso? O que ocorre dentro do cabo?
Para entender estes fatos, avançaremos um pouco nas nossas explicações,
tomando por base uma analogia mecânica. Na verdade, esta analogia mecânica
se aplica aos sistemas que podem estar num dispositivo que transfira energia
através de uma corda, ou de um tubo usando algum tipo de vibração mecânica.


AS ONDAS ESTACIONÁRIAS
Imaginemos uma corda com uma extremidade presa a uma parede.
Movimentando rapidamente para cima e para baixo a extremidade livre da corda,
podemos produzir uma onda transversal que se propaga com uma certa
velocidade. O comportamento desta onda é análogo ao de uma onda elétrica que
percorre um cabo coaxial.
A única diferença é que no caso do sinal elétrico temos uma tensão que varia ao
longo da linha e a percorre numa velocidade de centenas de milhares de
quilômetros por segundo. No cabo temos uma amplitude mecânica e a velocidade
de propagação é da ordem de centenas de metros por segundo, conforme o
material de que ele é feito. Pois bem, se na extremidade fixa da corda houver um
sistema de amortecimento que possa absorver toda a energia que é transportada
pela onda transversal tudo bem: a onda chega a este ponto e transfere sua
energia desaparecendo. No entanto, se esta oscilação não tiver sua energia
absorvida, a onda reflete e volta ao ponto de partida.
Temos então uma onda refletida que pode ter maior ou menor intensidade,
conforme a energia que eventualmente tenha sido absorvida no ponto fixo de
reflexão. No caso de um transmissor de rádio não temos simplesmente uma onda
mas sim a produção constante de ondas, ou um trem de ondas, e essas ondas
vão continuamente do transmissor para a antena. Seria como o movimento
constante da mão (transmissor) produzindo as ondas que vão para a antena
(parede).
Isso significa que, se houver reflexão dessas ondas no final da linha, as ondas
que vão se combinam com as ondas que vem e o resultado é bastante
interessante: como as frequências das ondas num sentido e noutro são iguais
(seus comprimentos também), ocorre um fenômeno de batimento em que
aparecem pontos de máximos e mínimos fixos, bem estabelecidos ao longo da
extensão da linha ou corda.
Se a intensidade da onda refletida for a mesma da onda incidente, ou seja, se
tivermos 100% de reflexão, os pontos de máximo terão a intensidade
(amplitude) correspondente ao dobro da amplitude de cada sinal e os pontos de
mínimo corresponderão a nulos.
Se a intensidade da onda refletida for menor, os máximos não terão o dobro da
amplitude do sinal original e os mínimos não serão nulos. A diferença entre elas
será menor e teremos uma forma de oscilação.
Levando isso para o caso eletrônico, tomando um transmissor como fonte de
sinais, podemos imaginar voltímetros ao longo da linha de transmissão.
Se não houver reflexão alguma dos sinais, a tensão marcada em qualquer
voltímetro será máxima, qualquer que seja o ponto da linha em que ele seja
ligado. Por outro lado, se o sinal refletir totalmente no final da linha, teremos
pontos fixos em que os voltímetros indicarão máximos e pontos que indicarão
nulos.
Veja que, observando essas indicações e mesmo a oscilação da corda, temos a
impressão que a onda "pára", ou seja, passamos a ter nós e ventres em posições
fixas. Na realidade existe uma propagação de ondas nos dois sentidos,
resultando no fenômeno, mas sua combinação leva à impressão de uma só que
esteja estacionada ou estacionária, daí darmos ao fenômeno o nome de "ondas
estacionárias".
Para a transmissão, a presença de ondas estacionárias é sinal de que existe
energia sendo refletida e portanto não irradiada. Devemos então reduzir sua
proporção no sentido de obter maior rendimento na transferência dos sinais.

COMO MEDIR
Em princípio sabemos que, para que haja total transferência de energia do
transmissor para a antena, não devemos ter nenhum sinal refletido. Em outras
palavras, em todos os pontos considerados da linha de transmissão a tensão
deve ser a mesma.
A relação entre as intensidades observadas entre os pontos de máximos e de
mínimos é de 1:1 (um para um). Obtemos então o maior rendimento de um
transmissor quando a relação de ondas estacionárias observadas no sistema for
de 1 para 1. Esta relação de ondas estacionárias é abreviada por ROE. Nos
livros técnicos que mantém os termos em inglês a abreviação é SWR (Stand
Wave Ratio).
À medida que aparecem as ondas estacionárias em consequência da reflexão do
sinal, a relação entre a tensão nos pontos de máximos e mínimos de sinal
aumenta. Damos como exemplo uma tabela em que associamos as relações de
ondas estacionárias (ROE) à potência perdida.
R.O.E. Perda (%) R.O.E. Perda (%)
1 : 1,01 - 1 : 1,40 2,78
1 : 1,02 0,01 1 : 1,50 4,00
1 : 1,03 0,02 1 : 1,60 5,33
1 : 1,04 0,04 1 : 1,70 6,72
1 : 1,05 0,06 1 : 1,80 8,16
1 : 1,06 0,08 1 : 1,90 9,63
1 : 1,07 0,11 1 : 2,00 11,1

R.O.E. Perda (%) R.O.E. Perda (%)
1 : 1,08 0,15 1 : 2,20 14,1
1 : 1,09 0,19 1 : 2,40 17,0
1 : 1,10 0,23 1 : 2,60 19,8
1 : 1,11 0,27 1 : 2,80 22,4
1 : 1,12 0,32 1 : 3,00 25,0
1 : 1,13 0,37 1 : 4,00 36,0
1 : 1,14 0,43 1 : 5,00 44,4
1 : 1,15 0,49 1 : 6,00 51,0
1 : 1,16 0,55 1 : 7,00 56,0
1 : 1,17 0,61 1 : 8,00 60,5
1 : 1,18 0,68 1 : 9,00 63,2
1 : 1,19 0,75 1 : 10 66,9
1 : 1,20 0,83 1 : 20 81,9
1 : 1,30 1,70 1 : 50 92,3
Evidentemente, um medidor de ondas estacionárias deve ter condições de captar
tanto o sinal que vai do transmissor como o que é refletido da antena para o
receptor, diferenciando-os de modo a se obter a indicação desejada. Para
conseguir isso os circuitos usam recursos interessantes.

O ACOPLADOR
DIRECIONAL
Uma das características de uma linha de transmissão é que o campo externo é
nulo de modo que não podemos extrair nenhum sinal em suas proximidades, do
lado externo. É justamente esta propriedade que permite a constância de sua
impedância, independendo de seu comprimento.
Se quisermos extrair parte do sinal de um cabo coaxial por indução, precisamos
passar um condutor sob sua malha, fazendo-o correr paralelo ao condutor
interno.
Nestas condições, teremos nas extremidades deste condutor uma tensão que
depende em valor e frequência do sinal que está sendo transmitido. Partindo
desta configuração, podemos ir um pouco além e colocar um diodo e um
instrumento.
A polarização do diodo é tal que permite que apenas os sinais que correm num
sentido sejam medidos. O que ocorre é que, cortando parte dos semiciclos que
correspondem à reflexão ou à incidência dos sinais, podemos ter uma indicação
ou do sinal direto ou do sinal refletido.
Veja então que aproveitando este tipo de acoplamento direcional podemos
facilmente saber qual é a "quantidade" de sinal refletido e com isso saber qual é
a relação de ondas estacionárias. Bastar ligar o acoplador de modo a medir as
ondas "diretas" e depois inverter a ligação para ler as ondas "refletidas" e
estabelecer a relação.
Isso nos leva então à configuração final de um instrumento para esta finalidade.
Sua operação é muito simples: colocando a chave leitora na posição de ajuste,
medimos o sinal no sentido direto (transmissor para a antena) e com isso
podemos fazer o ajuste para que o valor indicado seja 100% ou 1. Depois,
invertendo a posição da chave, medimos o sinal refletido, obtendo deste modo
uma indicação direta da relação de ondas estacionárias ou da porcentagem de
sinal transferido.
Veja que esta necessidade de termos de ajustar o instrumento para o fim da
escala na condição de sinal direto faz com que a sensibilidade do instrumento
determine a potência mínima que o transmissor deve ter para a sua utilização.
Os instrumentos deste tipo são então especificados para potências mínimas em
que operam e também, para uma determinada faixa de frequências. Como a
tensão induzida no fio interno ao cabo coaxial depende também da potência,
podemos usar o mesmo instrumento como indicador de potência. Basta então
ter uma referência na escala obtida por calibração para que, na posição de sinal
direto, tenhamos a possibilidade de medir diretamente a potência do
transmissor.